data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Renan Mattos (Diário)
A confeitaria Copacabana faz parte da recordação de milhares de santa-marienses. Quem passa por lá, além de desfrutar dos doces e salgados, não deixa de eternizar o momento em fotografias. É o que fez Diógenes Segalla de Lima, 66 anos. O aposentado é parente distante da família proprietária do estabelecimento. Em uma manhã, ele fez questão de ir até o espaço registrar algumas fotos no local. É que ele e uma prima que mora no Canadá volta e meia recordam dos momentos vividos no local e gostam de conversar sobre as lembranças da família:
- Fiz questão de vir aqui fazer umas fotos, porque sempre que falamos, lembramos das histórias da família e recordamos das vivências na Copacabana. Esta confeitaria nos remete aos bons momentos vividos na infância, pois ainda lembro de meu pai me trazendo aqui há cerca de 60 anos.
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Um dos clientes mais antigos da casa, e ainda frequentador, é Itaúba Siqueira de Souza, 74 anos. A primeira memória na confeitaria o remete à década de 1950. Natural de São Sepé, o aposentado veio para Santa Maria em 1959, e, já naquele ano, conheceu a Copacabana. Desde então, vai ao local todos os dias.
- Desde criança eu comecei a admirar o serviço prestado. Eu olho para o lado e consigo ver a Copacabana que eu conheci quando tinha 12 anos, pois muita coisa está conservada. Sempre que posso, indico a confeitaria, embora que não haja necessidade, porque ela faz parte da história de Santa Maria e todos praticamente a conhecem.
Cliente assíduo, Itaúba (esquerda) tornou-se amigo da família. Nas memórias mais bonitas, o aposentado guarda com carinho cada história e cada vivência na confeitaria. E, assim como todos os dias faz, pede o seu café com folhado de calabresa. São nesses pequenos detalhes e lembranças, bem como na delícia dos doces e salgados, que Itaúba, assim como centenas de clientes fiéis, ajuda a manter viva a história da confeitaria mais tradicional de Santa Maria.
data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Anselmo Cunha (especial)
Veja mais lembranças dos santa-marienses:
"Quando eu era pequeno, ia na Copacabana para comer um doce e tomar uma Cyrillinha. Alguns dias atrás, eu fiz a mesma coisa, e me lembrei lá de tempos atrás, quando o pai e a mãe nos levavam lá. Eu tenho uma história com ela, desde pequeno. Depois, quando meu pai tinha uma distribuidora, nós íamos até a confeitaria para entregar o refrigerante. Eu fico pensando, hoje, quantas pessoas entram lá para comer um doce e que faziam isso quando pequenas. É impossível não lembrar da nossa própria história. A Copacabana nos conquista não só pelo carinho e pela qualidade dos doces, que é inconfundível, mas, também, pelo amor. Ela é filha de Santa Maria, e essa trajetória de um século virou patrimônio histórico, cultural e de amor do município"
Jorge Pozzobom, prefeito de Santa Maria
"Recordo histórias de momentos muito agradáveis ao lado do meu pai e de Edmundo Cardoso, regados a doces na Copacabana. Os folhados me deixavam louco, tchê. E a Cyrillinha era a coisa mais maravilhosa do mundo".
Eros Grau, ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF)
data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Renan Mattos (Diário)
"A primeira lembrança que tenho da Confeitaria Copacabana é de quando meu pai (José Mariano da Rocha Filho) comprava uma caixa grande de doces para toda a família. Era uma festa! Às vezes, eu ia com minha irmã Raquel, que adorava a massa folhada cor de rosa. Quando fiquei com idade de ir sozinha, pelo menos uns 10 anos, ia buscar chocolates em forma de bichinhos, que eles vendiam por peso. Em 1981, quando casei, fui morar na Galeria do Comércio e meu marido, Cesar, também adorava os doces da Confeitaria Copacabana, que passaram a ser ainda mais presentes na nossa vida. Criei meus filhos com os doces da Confeitaria Copacabana, que eram motivo para comemorações especiais ou, ainda, para um final de semana gostoso, quando comprávamos muitos, em caixa, para comer em casa. Os doces da Copacabana fazem parte da história da minha família. Meus filhos, quando foram morar fora de Santa Maria, faziam questão de ir lá quando vinham nos visitar. Até hoje, os doces da Confeitaria Copacabana são presentes na nossa vida. É impossível passar na primeira quadra sem trazer uma caixa para dividir com a família"
Eugênia Mariano da Rocha, professora universitária
"A Copacabana me remete à infância, quando ali ainda existia a rua com estacionamento dos dois lados. A gente saia do Colégio Santa Maria e tinha que passar na Copacabana para comer um docinho e tomar um refrigerante. Crescemos com a cultura de uma das melhores confeitarias da cidade e ela nasceu praticamente junto com a Cyrilla. Confeitaria e refrigerante tem tudo a ver, então nossa parceria, desde o passado, sempre foi muito estreita. Tanto que escolhemos a Copacabana, em 25 de maio de 2020, para abrirmos nossa primeira Cyrillinha e marcar nossa retomada com um dos mais antigos parceiros"
Luiz Antônio Marchezan, sócio-proprietário da Cyrilla
data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Renan Mattos (Diário)
"Quando cheguei em Santa Maria, em 1979, e estudava no Colégio Marista, logo descobri os prazeres da Copacabana. Meses depois, nas férias, no início de 1980, sempre estagiava na empresa da família, e foi fazendo rota, entregando produtos junto ao motorista Fernando Castagna, que fiz a primeira visita à Copacabana como fornecedor. Lembro até hoje deste dia em que levando um carrinho com 10 caixas de Coca-Cola NS. Depois de entregar todos os produtos no calçadão, degustamos uma massa folhada rosa com uma Coca-Cola bem gelada. Belas lembranças que guardo com muito carinho pelos clientes e colaboradores do nosso #timecvi!"
Emerson Vontobel, diretor-presidente da CVI Refrigerantes
"A Copacabana é um símbolo da cidade, e como todo lugar que guarda histórias, sempre faz vir à tona memórias afetivas muito interessantes. Uma das melhores que tenho é de meu tio, Carlo, que até os 94 anos ia todas as tardes buscar seus doces prediletos e tomar chá. Se chegava o horário das 15 horas e ele não estava em sua sala, todo mudo já sabia que ele estava na Copacabana. Hoje, passo por lá para buscar doces para os meus netos, que são fãs das massas folhadas - mas tem que ser as cor de rosa - dizem eles, se somando a tantas pessoas de diferentes gerações que sempre se renderam a esse sabor inesquecível".
Guido Cechella Isaia, um dos diretores da Eny Calçados
NAS REDES SOCIAIS
O Diário fez uma publicação no Facebook, e foram mais de 800 comentários dos nossos leitores, além de histórias enviadas pelo nosso WhatsApp. Confira algumas delas:
"A confeitaria é um local de encontro de amizades verdadeiras regadas de um bom café, uma bomba recheada, uma massa folhada ou empada de camarão em uma tarde de inverno. Um local aconchegante que faz a gente recordar de velhos amigos e sempre voltar para tomar mais um café. Hoje não resido mais em Santa Maria, mas recordar é muito bom, dá para sentir o gostinho das gostosuras. A massa folhada rosa é tradição na minha família. Sempre é levada de presente para parentes fora de Santa Maria. Tradição que minha mãe cultiva sempre"
Kerlen Polli
"Quando eu era criança ia com minha avó, toda vez que íamos para o centro. Depois casei e sempre que dava, passávamos pra comer a famosa massa folhada. Agora moro longe e sinto saudade dessa aconchegante confeitaria e, claro, da massa folhada. Parabéns Copacabana!"
Cibele Gomes
"Sempre fui companheira da minha vó, Albertina Santos Lima. Lembro que quando ela recebia o salário, que era no Banrisul, saímos do banco e íamos direto na Copacabana comer a banana split e a massa folhada rosa. Ainda faço isso, sozinha, com as lembranças mais lindas de um amor alem da vida. Parabéns Confeitaria Copacabana!"
Carina Lima
data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Anselmo Cunha (Especial)
"Minha prima do Rio de Janeiro AMA o mil folhas da Copacabana, e lá não encontra igual. Quando vamos para lá, sempre levamos, e quando ela vem a Santa Maria, a parada no Copacabana é obrigatória!"
Fernanda Messias
"Antes da matinê das 16h no cinema Glória tinha a parada obrigatória para a massa folhada"
Maria Tereza Machado
"Minha maior lembrança de quando meus filhos eram pequenos ,e uma vez por mês levava eles para tomar uma Cyrillinha e um doce, ooooo quanta saudades, hoje eles têm 34 e 36 anos."
Arleizinha Silva Freitas